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Foto do escritorFilipe Pavão

Orgulho trans: 10 artistas transexuais para conhecer e enaltecer

As listas de junho são temáticas aqui no Telas Por Elas para colocar em pauta a representatividade LGBT na mídia, desde personagens lésbicas em séries e filmes até influenciadores que falam abertamente sobre a bissexualidade. Agora, chegou o momento de conhecer, divulgar e enaltecer o trabalho de 10 mulheres trans de diversos países. Ser uma mulher trans é ser resistência aqui e em qualquer lugar do mundo.


A comunidade trans apresenta desafios diários no Brasil. O primeiro deles é o direito mais básico, o direito à vida. Segundo a ONG Transgender Europe (TGEu), o Brasil é o país que mais mata pessoas transgêneros dentre os países pesquisados. Foram 808 ocorrências notificadas entre janeiro de 2008 e julho de 2016, mas estima-se que possa ser mais devido a subnotificação.



Quando não tem o direito à vida interrompido, uma pessoa trans passa por diversas outras negações: exclusão do mercado de trabalho, que leva cerca de 90% das trans a recorrer à prostituição; a falta de acesso à educação e saúde; e o direito a pertencer a uma família já que muitas são expulsas de seus lares.


É neste cenário de intolerância que apoiar e dar visibilidade a artistas trans se faz cada vez mais necessário. Por isso, a lista de hoje apresenta mulheres trans que venceram e vencem esses desafios todos os dias com a sua arte.


Elas ainda fazem com que a gente reflita padrões estéticos, identidade e outras questões ainda latentes em pleno século XXI. Artistas que compreendem o papel social da arte e levam ao público e internautas debates profundos sobre marginalização do corpo trans e a invisibilidade de direitos.



Mais que amiga e assessora da drag queen Pabllo Vittar, Urias é uma super cantora. No ano passado, lançou seu primeiro EP e já fez muito sucesso. Representou o Brasil no Berlin Music Video Awards (BMVA) com o clipe da música “Diaba” e desbancou nomes como Dua Lipa e The Chemical Brothers na categoria de e Melhor Direção de Arte.




Titica desafia o conservadorismo diariamente desde que se tornou a primeira cantora transexual de Angola. Hoje, ela é considerada a ‘rainha do kuduro” e faz muito sucesso entre crianças e adultos. Seu trabalho ultrapassou as fronteiras e chegou à Portugal e ao Brasil também. Já gravou com Pabllo Vittar, Margareth Menezes e Bayana System, além de ter se apresentado no palco sunset do Rock In Rio em 2017.




Filha de pais mexicanos e natural do Texas, nos Estados Unidos, a atriz e modelo Zion Moreno vem se tornando cada vez mais reconhecida pelo seu trabalho. Ela interpreta a Isabela, da série mexicana Control Z, uma menina trans que tem sua vida exposta na internet. A atuação de Zion acende o debate em torno da importância de se chamar mulheres trans para interpretar mulheres trans em tramas principais. Nada mais justo, né?




Maria Clara Spinelli mostra que não há barreira para uma mulher trans na atuação. Ela foi a primeira atriz trans a interpretar uma mulher cis em uma novela das 21h, em 2017. Hoje possui um canal no YouTube no qual compartilha experiências literárias e de vida também, além de cobrar mais oportunidades às mulheres trans na dramaturgia. Em uma entrevista à Veja, ela disse: “já nasci mulher, não houve um dia específico em que tenha me descoberto.




Mais de seis milhões de ouvintes mensais no Spotify e milhares de seguidores nas redes sociais. Esses números são reflexo do talento da cantora, compositora e modelo alemã Kim Petras. Suas canções agradam qualquer fã de música pop e todo mundo pode se identificar com suas letras. "Eu escrevo sobre garotos, corações partidos, sexo, se divertir e mais coisas que eu passo em minha vida", disse em entrevista.




As vocalistas do power-trio As Bahias e Cozinha Mineira, junto a Rafael Acerbi, levam a pauta trans para a música popular brasileira e de maneira aclamada pela crítica. Recentemente, lançaram o ótimo EP “Enquanto Estamos Distantes”, mas chamam a atenção desde 2015 quando lançaram o CD “Mulher”, com músicas que contas as dores, amores e vivências trans.




Cantora lírica e atriz, a chilena Daniela Vega fez história ao ser a primeira trans a participar de uma cerimônia do Oscar em 2018. Ela ainda viu o filme Uma Mulher Fantástica, o qual protagonizou, levar a estatueta de Melhor Filme de Língua Estrangeira. Desde então, já protagonizou outros trabalhos e lançou um livro. Em breve, vai estrear na Amazon Prime com “La Jauría”.




“Das artes. Das culturas. Das políticas.” Essa é a artista plástica Erica Malunguinho que leva a pauta e a realidade trans para dentro do Congresso Nacional. Ela é deputada pelo estado de São Paulo, sendo a voz da população trans em um ambiente ocupado majoritariamente por homens brancos-cis-héteros. Longe de representar, de fato, a população brasileira, né?




“Afrodescente quebrando o CIStema”. É assim que se apresenta a potência Lua Guerreiro, produtora e modelo niteroiense. Nas redes sociais, ela conscientiza sobre racismo e transfobia. Além disso, em fevereiro de 2019 foi vítima de um grave caso de transfobia e denunciou o preconceito, inclusive, por agentes públicos do Estado.




Com apenas 20 anos de idade, a modelo e atriz Hunter Schafer foi considerada uma das 21 mulheres antes dos 21 que estão mudando o mundo segundo a revista Teen Vogue. Ela já desfilou para marcas, como Dior, Versace, Miu Miu e Tommy Hilfiger e, no ano passado, finalmente, estreou na televisão como uma das principais estrelas da série Euphoria, produzida pela HBO. Guarde bem esse rosto!


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Listas semanais com dicas selecionadas sobre filmes, séries, músicas, livros e peças teatrais. É nessa categoria que você descobre sugestões do que assistir nas plataformas de streaming ou o que fazer em um dia atoa em casa.




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