5 motivos que fizeram da Cher uma estrela!
O dia acordou mais lindo hoje como se estivesse comemorando algo. E não é pra menos, afinal, nesta quarta-feira (20), Cherilyn Sarkisian completou mais uma volta ao redor do sol. E, caso você não perceba as quatro primeiras letras do nome que acabei de citar, estamos falando da nossa estrela Cher!
Quando começou sua carreira, lá para meados de 1960, Cher já mostrava que não seria uma cantora qualquer e que seu nome seria aclamado por muitos anos. Conhecida pela voz grave, figurinos extravagantes e aparência jovial, ela criou para si uma personalidade artística forte e ousada, servindo constantemente de referência e sendo chamada por “Deusa do Pop”. E é por esse motivo que nossa lista de hoje são sobre 5 motivos que fizeram da Cher a estrela que é até hoje!
Referência na moda.
Desde o primeiro momento de sua carreira, Cher sempre teve a atenção dos holofotes. Além da voz marcante, a artista sempre apostou em um guarda-roupa que tivesse tudo, menos o minimalismo. Essa característica marcante nos palcos deu a Cher o posto de ícone feminino da moda.
Muitas peças usadas por ela acabavam posteriormente se popularizando e tornando tendência daquele momento. Na década de 1960, por exemplo, a cantora tornou popular os modelos de mini saia e calça boca de sino. Já em 1986, Cher causou na cerimônia do Oscar ao aparecer com um top incrustado com pedras pretas, uma saia de cintura baixa e um enfeite na cabeça cheio de penas. Anos depois, ela explicou que a roupa espalhafatosa foi uma resposta ao ódio que recebe da Academia: “Eles odiavam a forma como eu me vestia, e que eu tinha namorados mais jovens do que eu, então a Academia achava que eu não era uma pessoa séria”.
Duas primeiras fotos: Revista Vogue 1960 por Richard Avedon. | Cher no Oscar em 1986
Ícone da luta feminista.
Durante essas sete décadas de carreira, Cher tem usado sua voz para falar de temas relacionados ao amor, superação de medos, autonomia, decepções e esperança sempre no ponto de vista feminino. Exemplo das canções “Women’s World” e “Strong Enough“, em que esse ponto de vista é enaltecido. A autenticidade em se vestir também traz os debates sobre tabus do corpo das mulheres. Em 1970, a cantora foi a primeira mulher a exibir o umbigo na televisão e trouxe o debate sobre como nos relacionamos com nossos corpos. Meses depois, roupas que mostravam a barriga se tornaram comuns, rompendo tabus impostos na época. Além disso, Cher é defensora da igualdade salarial entre mulheres e homens, bem como a favor da descriminalização do aborto.
Apoio ao público LGBTQI+
Cher sempre se posicionou politicamente a favor do direito das minorias. Quando seu filho Chaz (nascido Chastity) se assumiu como lésbica, a cantora percebeu que pessoas LGBTQI+ não tinham os mesmos direitos que heterossexuais. A cantora se engajou na luta e, anos mais tarde, quando Chaz se declarou como homem trans, Cher esteve do lado do filho e ajudou a trazer para mídia o debate sobre a importância da visibilidade das pessoas transsexuais. Durante um evento em 2013, organizado em Nova Iorque na semana da Parada do Orgulho Gay, Cher foi homenageada em um clube onde assistiu a drag queens performarem em sua homenagem. A cantora disse, no evento, que os seus fãs LGBTQI+ nunca a abandonaram: “Nos momentos em que eu não estava na moda, que não era considerada legal, vocês sempre estiveram presentes. Eu nunca pensei que isso pudesse acontecer por tanto tempo”.
Sucesso além dos palcos
O brilho de Cher é tanto que não coube apenas nos palcos: além de cantora, ela também é atriz, desenvolvendo uma das carreiras mais bem sucedidas que poderia ter. Em uma pesquisa da revista ‘A&E’s Biography’ sobre as atrizes mais queridas de todos os tempos, Cher está em 3º lugar, atrás somente de Katharine Hepburn e Audrey Hepburn. Cher, que é uma grande colecionadora de perucas, também coleciona prêmios em sua prateleira. Alguns deles são três Globos de Ouro, um Emmy, um prêmio de melhor atriz do Festival de Cannes e um Oscar de melhor atriz por “Feitiço da Lua” (1987). Um de seus trabalhos mais recentes foi no filme “Mamma Mia! We are go again.”, em que interpreta o papel de Ruby mãe de Donna (Meryl Streep).
Sem medo de se reinventar
Ela iniciou a carreira fazendo pop rock em Sonny & Cher, ao lado de seu marido, e não parou por aí. Ao iniciar a carreira solo – paralelamente à dupla – , ela apostou no folk. Já no fim dos anos 1970, ela fez a transição da disco music para o rock. Anos mais tarde, em 1990, ela abraçou a dance music, gênero com o qual trabalha até hoje. Cher lançou, em 1998, o álbum de dance music ‘Believe’ e, com mais de 12 milhões de cópias, atingiu o recorde de single mais vendido da história por uma artista feminina. O hit ‘Believe’ bateu o sucesso ‘My Heart Will Go On’ (trilha sonora de ‘Titanic’) de Céline Dion. A cantora nunca se importou com o que iriam falar, e ela deixa isso claro em uma uma entrevista com a revista Vogue: “Sempre corri riscos e nunca me preocupei com aquilo que o mundo possa pensar sobre mim.”. Cher se reinventa ao longo dos anos e não há limites para o brilho da Deusa do Pop!
“Eu me sinto como um carro. Se eu bater em uma parede, vou voltar e seguir em outra direção. Já bati em muitas paredes da minha carreira. Mas não vou parar. Acho que talvez esta seja a minha melhor qualidade: eu simplesmente não paro.”
Seja na forma da forma espalhafatosa de se vestir, nas incontáveis cirurgias plásticas, na forma de se posicionar, atuar ou cantar, Cher desafiou inúmeras regras e contrariou diversos padrões de comportamento. Com mais de cinquenta anos de carreira, a nossa Deusa do Pop nos ensina lições importantíssimas através de sua vivência. É um exemplo de mulher que não pede passagem pra ser quem é e que segue fazendo história com sua forma de levar a vida. Não nos resta nada menos que enaltecer esse esse ícone vivo da música pop. Parabéns, Cher! O mundo já é seu!
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