5 filmes que possuem imigrantes como protagonistas
No Brasil, o Dia do Imigrante é comemorado hoje, dia 25 de junho. Este dia foi escolhido por ser o encerramento das comemorações da Semana da Imigração Japonesa e existe desde 1957.
Imigração. Quantas vezes você já ouviu a falar nessa palavra? Talvez a primeira vez tenha sido na escola ou você até tenha um parente ou amigo próximo que “se mudou” para os Estados Unidos ou Europa. Na verdade, o sentimento de imigração em países subdesenvolvidos – como o Brasil – é uma realidade latente e escancarada que bate à nossa porta todos os dias.
Se você já era nascido em 2005 tenho certeza que conhece a novela América, escrita por Glória Perez e exibida em horário nobre na Rede Globo. A telenovela escancara essa busca constante por uma “vida melhor” e os perigos que os mais pobres sofrem para conseguir isso.
Essa não foi a primeira vez que a imigração foi protagonista de uma peça audiovisual e, por isso, hoje vamos indicar 5 filmes para que você possa entender melhor o processo migratório.
Una Noche (2012)
Com direção de Lucy Mulloy, o filme mostra três jovens cubanos que encontram na oportunidade de imigração a chance de fugir das suas realidades. Os irmãos gêmeos Elio (Javier Nuñez Florian) e Lila (Anailín de la Rúa de la Torre) enfrentam problemas com o pai dentro de casa e o melhor amigo dos dois Raul (Dariel Arrechaga) precisa se desviar de batidas da polícia após se envolver em um acidente com um turista.
O longa recebeu diversas indicações a premiações como o Prêmio Independent Spirit e o Teddy Award. Ele ainda garantiu a vitória em festivais como o Festival de Cinema Tribeca e o Gotham Awards.
Back to Bosnia (2005)
Dirigido, roteirizado e produzido pela cineasta bósnia Sabina Vajrača, o documentário mostra o retorno de uma família de refugiados para a sua cidade natal no ano 2000. As cenas acompanham as batalhas que eles enfrentam ao encontrar prédios, ruas e até as suas próprias casas destruídas pela guerra. O longa rendeu a Sabina o prêmio de Melhor Direção no festival de cinema independente Crossroads Film Festival.
Since Otar Left (2003)
O drama francês acompanha a vida de três gerações femininas de uma família: a avó (Eka), a mãe (Marina) e a filha (Ada) após o falecimento de Otar, irmão mais velho de Marina. Morando na Geórgia, as três mantinham contato com Otar desde a sua mudança para Paris. Entretanto, com a sua morte e o estado de saúde de Eka, mãe e filha decidem ocultar esse acontecimento.
Dirigido pela cineasta francesa Julie Bertuccelli, o filme aborda a saudade, o distanciamento e a vivência de uma família. As situações que ocorrem são cotidianas e reforçam a dúvida e o sentimento de perda e saudade que ronda as personagens.
Gaijin – Os Caminhos da Liberdade (1980)
Filme de estreia da cineasta e diretora Tizuka Yamasaki, Gaijin mostra a chegada de um casal de jovens no Brasil. Após um casamento feito para conseguir o visto de imigração, Yamada (Jiro Kawarazaki) e Titoe (Kyoko Tsukamoto) enfrentam mais de 50 dias de viagem para chegar em terras brasileiras. O primeiro trabalho do casal é na Fazenda Santa Rosa, produtora de café.
O longa mostra a exploração a que imigrantes, principalmente japoneses, eram obrigados a vivenciar após sua chegada no Brasil. Do trabalho exaustivo até situações de humilhação, os dois enfrentam com a ajuda de outros colonos os acontecimentos diários que colocam a prova os seus sonhos de uma vida melhor.
Gaijin – Os Caminhos da Liberdade é um clássico do cinema brasileiro e conta com nomes como José Dumont, Antônio Fagundes, Sai Cabral e Louise Cardoso no elenco.
A Hora da Estrela (1985)
Inspirado no romance de mesmo nome de Clarice Lispector, o filme A Hora da Estrela conta a história de Macabéa (Marcélia Cartaxo), imigrante nordestina que vive em São Paulo. Após uma série de desventuras em sua infância e adolescência, a personagem se muda para a capital paulista para trabalhar como datilógrafa.
Com o sonho de encontrar o amor da sua vida, Macabéa entra em um relacionamento com Olímpio (José Dumont). Entretanto, os acontecimentos recentes da sua vida a levam a visitar Madame Carlota (Fernanda Montenegro), uma cartomante que faz uma previsão animadora sobre o futuro da personagem. Inesperado e envolvente, o longa – que teve direção de Susana Amaral – se tornou um clássico do cinema brasileiro.
São tantas histórias, dentro e fora das telas, que mostram que o processo imigratório foi e ainda é uma realidade global. Afinal, o protagonismo desses filmes não seria justamente a imigração?
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